27 de outubro de 2009

Quebrando a Banca

Quando um gênio vira cool?

Essa pergunta é fácil de ser respondida. Isso se você for um promissor jovem gênio da MIT. Alguns deles durante a década de 90 se reuniram e resolveram ganhar alguns milhares de dólares na cidade do pecado, Las Vegas.

Las Vegas, como todos sabemos, é a cidade onde tudo é permitido. E de cassino em cassino, milhares de pessoas deixam milhões e milhões todo dia. Todos buscam diversão. Diversão essa que camufla muitos sentimentos enclausurados nos túneis subterrâneos que combinados as luzes, o som alto e o barulhos das moedas, desnorteiam e fazem a hora se perder, assim como o dinheiro dos bolsos.

O filme foi inspirado em uma matéria que saiu na revista Wired, onde esse grupo de gênios conseguiu atráves de um sistema criado por eles, arrancarem milhões dos cassinos de Las Vegas. E ficaram vivos pra contar a história.

Mesmo não sendo ilegal, o sistema de contagem de cartas não é visto com bons olhos pelo gananciosos donos dos cassinos, logo, o esquema teria que ser perfeito. O blackjack, mais conhecido como 21 (também nome original do filme) consiste em jogar contra a banca (o cassino) e quem chegar mais perto de marcar 21 pontos ganha. A banca sempre é obrigada a continuar pegando cartas até somar ao menos 17 pontos e se estourar no meio do caminho, todo que estão apostando ganham. E ai parte daí o sistema de contagem de cartas que nada mais é uma forma lógica e racional de ganhar da banca sem truques ou trapaça. Como dito no filme, pura matemática.

A história do filme acompanha Ben Campbell (Jim Strurgess), nerd que ao final do seu curso no MIT espera conseguir uma bolsa de estudos para a faculdade de medicina em Harvard. Mas sem grana, Campbell se ver sem saída pois a outra opção é ele ter uma história que se sobressaia, uma experiência de vida que seja única.

Chama a atenção do professor Mickey Rosa (Kevin Spacey) que mantém secretamente uma equipe que periodicamente banca para fazer a limpa nos cassinos de Vegas. O esquema é composto por cinco pessoas. Dois ficam na mesa, são os olheiros. Ficam apostando o mínimo e contando o baralho até ele ficar "quente" e pronto para a festa. Ai entram o "grande apostador" que entra com as maiores apostas, que trazem mais lucro. Dois ficam de fora das mesas, vigiando também a movimentação dos seguranças.

Seguranças esse que contam com um aparato de câmeras e mais câmeras. Tudo para evitar os contadores, trapaceiros e outros. Com esse avanço, temos Cole Willians (Laurence Fishburne) outrora grande supervisor de segurança dos grandes cassinos mas que está perdendo seu lugar para a tecnologia de reconhecimento facial, eficiente mas que não conta com a experiência de Cole.

Dentro desse clima todo de badalação, adrenalina, dinheiro, apostas, temos um garoto com um sonho. De uma vida nova. Mesmo que por uma noite. Podendo ser quem ele quiser, Ben aposta em busca de seu sonho e também pela paixão que sente por Jill (a linda Kate Bosworth) que faz parte da equipe.

A vida de dificuldades, de limitações, some em meio as luzes dos cassinos imponentes e convidativos da cidade do pecado. O céu não é mais o limite e Ben se vê diante de uma questão: qual é o limite e quando parar?

A história conta sim com os seus clichês, boas atuações destacando a do inglês Sturgess e de Spacey muito irônico. O diretor Robert Luketic (Legalmente Loira) poderia ter aproveitado mais a qualidade de seu elenco e a temática. Comete alguns erros no ritmo do filme que não chegam a comprometer a diversão.

Com um final que chega a surpreender, Quebrando a Banca é um filme que me fez lembra que um dia, todos nós queremos mais do que temos. Mas qual é o preço a se pagar por isso?

Ficha Técnica
Quebrando a Banca (21 - EUA - 2008) - 123 min. - Ação/Drama
Direção: Robert Luketic
Roteiro: Peter Steinfeld e Allan Loeb
Elenco: Jim Sturgess, Kevin Spacey, Kate Bosworth, Aaron Yoo, Liza Lapira, Jacob Pitts, Laurence Fishburne
Site Oficial: http://www.sonypictures.com/homevideo/21/
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