10 de fevereiro de 2011

Resenha | Zumbilândia

Excelente é pouco para esse filme!
Existem alguns filmes que marcam época. Filmes de terror, ainda mais tendo zumbis na linha de frente, sempre remetem ao cara que deu "início" a isso tudo. George A. Romero, com A Noite dos Mortos Vivos (Night of the Living Dead, 1968). Todo lance de utilizar os zumbis como uma forma de críticar a sociedade, representada na pior forma de decomposição, fazendo uma crítica ferrenha ao "american way of life". O medo que essas criaturas representam nas personagens que sobrevivem a essas infestações é sempre o que de pior temos na sociedade do consumismo e que busca o poder incesantemente. O Despertar dos Mortos (Dawn of the Dead, 1978) é o filme que leva isso ao máximo e é um clássico.

Em Zumbilândia (2009) vemos essas referências clássicas e também referência a outro clássico moderno do genêro, Extermínio (28 Days Later, 2002). É muito perceptível para quem assistiu esse filme, o modo como os zumbis não se comportam mais só daquela forma sonolenta e agonizante. E todas as outras referências clássicas estão lá. A forma de contagio, a fome sem fim. Mas o diretor, estreante, Ruben Fleischer, monta seu filme com um toque único e um ineditismo por reutilizar velhas fórmulas dentro de uma visão única não só da sua câmera, mas dos roteiristas Rhett Rees e Paul Wernick.

O mundo foi devastado por um vírus, variante daquela da vaca louca. Os poucos não infectados, buscam de todas as formas possíveis sobreviver ao apocalipse. Acompanhamos Columbus (Jesse Eisenberg), tipíco garoto nerd que sobrevive em meio ao caos do mundo com algumas regras básicas de sobrevivência. Todas elas apresentadas de forma muito irônica e com um humor negro bem peculiar. Os primeiros minutos dão o tom de como vai se seguir a aventura de Columbus, que não foge do clichê de nerd cheio de neuras e que em meio as adversidades, deve descobrir o herói dentro de si.

No caminho que segue em busca de um lugar seguro pra ficar, Columbus encontra Tallahassee (Woody Harrelson, sensacional) que é totalmente o oposto do garoto, já que vive no limite do que se diz normal e adora matar os zumbis que encontra pelo caminho. A dupla perfeita em meio ao caos...quando encontram as irmãs Wichita (Emma Stone) e Little Rock (Abigail Breslin), dupla tão preparada quanto eles.

Formado o grupo principal, a fita acompanha a luta deles em busca de um lugar tranquilo para sobreviverem. De preferência sem os zumbis. O quarteto, muito bem entrosado, vai cativando a cada sequência a empatia do público que se diverte demais com a forma não cafona de passar uma mensagem bacana de otimismo. A crítica ferrenha a vida moderna desenfreada, que não dá espaço para os pequenos momentos, vem de forma leve. Ácida, mas nada muito sério. Afinal de contas, em mundo já fudido de tudo, o que importa é permanecer vivo, certo?

O filme ainda conta com uma participação/homenagem a Bill Murray (quem não conhece, favor pesquisar no Google) que é a cereja do bolo pra esse filme que, além de uma continuação mais que merecida, já ganhou um lugarzinho especial, e mais do que merecido, nos filmes do gênero.

Avaliação do Alter Ego:


Trailer:
 
Ficha Técnica
Zumbilândia (Zombieland) - EUA - 2009 - 88 min - Comédia/Ação/Terror
Direção: Ruben Fleischer
Roteiro: Rhett Reese e Paul Wernick
Elenco: Woody Harrelson, Jesse Eisenberg, Emma Stone, Abigail Breslin.
Site Oficial: http://www.sonypictures.com.br/Sony/HotSites/Br/zumbilandia/#/home/



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